O governador Mauro Mendes (União Brasil) responsabilizou o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PSD), e o consórcio inicialmente contratado pelo prolongamento no prazo de entrega das obras do BRT (Bus Rapid Transit) na Capital.
Questionado sobre a possibilidade de inaugurar o modal de transporte antes do fim de seu mandato, Mendes foi enfático ao citar os obstáculos enfrentados.
Em entrevista à Rádio CBN Cuiabá, o governador relembrou a disputa política que impediu o avanço inicial do projeto:
“Eu gostaria muito de ter terminado essa obra, mas vocês se lembram que o prefeito Emanuel travou a construção por um ano e meio. Lembra das confusões? Que não podia isso, ele entrava na Justiça, ele não deixava, isso durou um ano e meio.”
O conflito começou em 2020, quando Mendes anunciou a troca do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) pelo BRT. Em retaliação, o então prefeito moveu diversas ações, conseguindo uma paralisação acatada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Com isso, as obras, que deveriam ter começado em 2023, só foram iniciadas em janeiro de 2024.
Mendes também apontou o desempenho insatisfatório do parceiro privado: "Depois tivemos a infelicidade de encontrar um consórcio que ganhou a licitação, mas performou muito mal. O governo apertou, mas teve um dia que tivemos que rescindir com ele, porque o desempenho continuava ruim."
O contrato com o Consórcio BRT Cuiabá foi rompido em fevereiro deste ano devido a repetidos atrasos.
Eu gostaria muito de ter terminado essa obra, mas vocês se lembram que o prefeito Emanuel travou a construção por um ano e meio. Lembra das confusões?
Previsão de entrega
Apesar dos contratempos, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) prevê que o trecho do BRT que conecta a Avenida do CPA até Várzea Grande será concluído e entregue até o dia 15 de fevereiro de 2026.
Contudo, o início de novas frentes de trabalho em outros pontos da Capital ainda não possui um prazo definitivo de conclusão.
O governador não garantiu a entrega completa do BRT em sua gestão, mas assegurou que não deixará projetos paralisados para seu sucessor.
"Nós estamos trabalhando no Governo hoje com uma quantidade gigantesca de obras em andamento... O que posso garantir é que não vou deixar para o próximo governador... obras paralisadas, vou deixar obras em andamento. Problemas resolvidos, com dinheiro no caixa para terminar as obras," afirmou.
Ele ainda ressaltou que é natural que um gestor encerre o mandato com projetos que serão continuados pelo sucessor, dada a magnitude e o longo prazo de execução de grandes obras públicas.






