O deputado Eduardo Botelho (União) defendeu a necessidade de um Projeto de Lei que reveja as penas aplicadas aos envolvidos na trama golpista do 8 de janeiro de 2023. O parlamentar destacou que embora entenda que as condenações, proferidas pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), devam ser mantidas, há um exagero no tempo de prisão para cada um dos condenados.
Botelho destacou que a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) irá atrapalhar as articulações dos políticos bolsonaristas nas eleições do ano que vem. “A prisão dele atrapalha as conversas, tudo o que está ocorrendo. Agora, nós estamos aguardando que o Congresso também faça a votação da dosimetria da pena. Acho que as penas, sobretudo dos generais, foram exageradas”.
Ele classificou como exagero, por exemplo, condenar à prisão um general de 78 anos, em alusão ao ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, por ter participado de conversas anteriores ao 8 de janeiro. “É uma posição simplesmente de um leigo que analisa o que acontece no país toda hora, de ver quem mata, estupra e em 4 ou 5 anos está fora da cadeia”.
Na avaliação do deputado, qualquer tipo de anistia aos condenados, inclusive a Bolsonaro, que colocaria ele em condições de disputar as eleições do ano que vem, está fora de cogitação.
Para o parlamentar, o eleitor precisa analisar mais do que o fato do candidato ser ou não bolsonarista. “Cada eleitor deveria ter uma opinião própria. Olhar quem tem condições de fazer um bom trabalho, quem tem condições de representar o estado, com a consciência de escolher quem vai ajudar Mato Grosso a ser um estado melhor, mais justo e mais humano”.






