A Folha de S. Paulo destacou neste domingo (16.11), em reportagem especial, o avanço da 1ª Ferrovia Estadual, em Mato Grosso, apontada como o maior projeto ferroviário em execução no país.
O projeto é executado pela Rumo Logística, prevê 743 quilômetros de trilhos até 2030, com investimentos estimados em até R$ 15 bilhões. A ferrovia terá como base o município de Rondonópolis e será dividida em dois ramais: um ligando o município a Cuiabá e outro em direção a Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. Quando concluída, a linha conectará 16 cidades mato-grossenses à malha ferroviária já existente em São Paulo, criando um novo eixo nacional para o escoamento de grãos pelo Porto de Santos.
Benefícios
O projeto é apontado como decisivo para reduzir custos logísticos do agronegócio e aumentar a competitividade das exportações de soja e milho do estado. A expectativa é que a ferrovia ajude a escoar até 40% dos 150 milhões de toneladas de grãos que o Brasil exportou em 2024, com forte participação de Mato Grosso nesse volume.
Com 21 viadutos, 22 pontes e dois quilômetros de túneis previstos, a obra também se destaca pela complexidade de engenharia. A estimativa é de geração de 145 mil empregos diretos e indiretos ao longo da construção. Atualmente, cerca de 5 mil trabalhadores já atuam na obra, o que representa 60% das vagas abertas por obras de infraestrutura no estado.
Trecho
O primeiro trecho em implantação, entre Rondonópolis e Campo Verde, tem 211 quilômetros e orçamento de R$ 5 bilhões. A previsão é que 160 quilômetros desse percurso estejam em operação já em 2026, antecipando parte dos benefícios antes da conclusão total do projeto.
A ferrovia deve diminuir a dependência do transporte rodoviário e acelerar o fluxo de mercadorias rumo ao mercado internacional, posicionando Mato Grosso como protagonista logístico do agronegócio brasileiro.






