Envelhecer bem é um desejo legítimo — e cada vez mais pacientes chegam ao consultório não com o objetivo de mudar quem são, mas de preservar sua essência, sua identidade, suas características mais marcantes. A estética contemporânea, na qual acredito e pratico, tem menos a ver com transformação e mais com gerenciamento do envelhecimento. E, nesse cenário, o Coolfase surge como uma das tecnologias mais promissoras e conscientes disponíveis hoje.
O Coolfase é uma plataforma de radiofrequência monopolar coreana, com uma inteligência térmica que aquece as camadas profundas da pele para reorganizar as fibras de colágeno já existentes e, ao mesmo tempo, estimular a formação de novas. O diferencial? Enquanto isso acontece por dentro, a superfície da pele é resfriada, garantindo segurança e conforto ao paciente. O resultado é uma pele mais firme, com contornos mais definidos e uma aparência descansada — tudo isso sem necessidade de tempo de recuperação e sem agulhas.
Mas, mais do que a eficácia técnica, o que me encanta no Coolfase é o que ele representa: o avanço da ciência como aliada de uma estética mais saudável, sem excessos. Vivemos um momento em que o exagero já mostrou seus danos. O próprio conceito de “harmonização facial” virou quase um fantasma para quem teme perder a naturalidade. E é nosso papel, como médicos, orientar, dizer “não” quando necessário e devolver ao paciente uma relação mais equilibrada com o espelho.
Vejo, com frequência, pacientes arrependidos por terem ultrapassado esse limite. Gente que preencheu demais, que perdeu a noção do próprio rosto, e agora busca “desfazer” procedimentos. Certa vez, atendi uma mulher que passou por um processo emocional difícil e, em meio à dor, procurou uma mudança estética radical que só aumentou seu sofrimento. Ela mal se reconhecia no espelho. Esse caso reforça o quanto é importante entender o momento emocional do paciente antes de qualquer intervenção.
Tecnologias como o Coolfase nos ajudam justamente a cuidar com sutileza, com ciência e com personalização. Ele não substitui um lifting cirúrgico, mas adia essa necessidade. Ele não transforma um rosto, mas o valoriza. E o melhor: pode ser feito em qualquer tipo de pele, com efeitos imediatos e progressivos, durando entre 06 e 09 meses. Além disso, é um ótimo aliado na prevenção da flacidez, especialmente quando combinado com hábitos saudáveis e outros cuidados dermatológicos individualizados.
Acredito profundamente que autocuidado precisa caminhar lado a lado com bom senso, e que beleza não precisa ser sinônimo de exagero. O papel do médico não é apenas executar procedimentos, mas conduzir o paciente por esse caminho com ética, escuta e conhecimento técnico. Saber quando intervir — e quando não intervir — é parte essencial dessa jornada.
Por isso, na hora de escolher um profissional, procure alguém com formação sólida, título de especialista registrado no CRM (o famoso RQE), e, acima de tudo, sensibilidade para enxergar você como um todo. Porque, no fim das contas, estética não é sobre parecer outra pessoa — é sobre se sentir bem sendo você mesma.
Cíntia Procópio é dermatologista, especialista em rejuvenescimento com naturalidade.
