Após o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pedir licença do cargo no Congresso Nacional e anunciar que permanecerá nos Estados Unidos para "buscar sanções aos violadores de direitos humanos", o deputado federal por Mato Grosso, José Medeiros (PL), afirmou que essa decisão é consequência da "democracia relativa" vivida no Brasil.
O parlamentar ironizou a demora do procurador-geral da República, Paulo Gonet, em não autorizar a abertura de investigação contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido, feito pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, acusava Eduardo Bolsonaro de crimes contra a soberania e as instituições brasileiras e solicitava à PGR a apreensão de seu passaporte.
"Só depois que Eduardo Bolsonaro anunciou que permaneceria nos EUA, Gonet arquivou o pedido de investigação. A denúncia estava em sua mesa desde 28 de fevereiro. No dia 1º, Alexandre de Moraes deu cinco dias para que ele se manifestasse. Agora, depois de 18 dias, dizem que estavam dentro do prazo. Essa é mais uma das coincidências da 'democracia relativa', que virou regra, não exceção", declarou o parlamentar.