O ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, do Superior Tribunal de Justiça, colocou em xeque a veracidade da declaração de próprio punho escrita pelo empresário João Gustavo Ricci Volpato, preso por envolvimento no esquema de fraude milionária contra o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Ele tentou isentar sua mãe, Luiza Rios Ricci Volpato, e o irmão, Augusto Frederico Ricci Volpato, de participação no esquema criminoso, mas o magistrado apontou uma diferença no padrão de assinatura do acusado.
João Gustavo foi preso no âmbito da Operação Sepulcro Caiado, que desarticulou o esquema fraudulento liderado pelo empresário, que desviou mais de R$ 21 milhões contra a Conta Única do TJMT. A organização criminosa era composta também por advogados e servidores do Poder Judiciário. Sem o conhecimento das partes rés, o grupo simulava a quitação de dívidas, juntava comprovantes falsificados aos autos e depois faziam a migração do respectivo valor da conta única do TJMT.
Augusto e Luiza estavam ligados a João Gustavo neste caso por figurarem como sócios-proprietários das empresas RV Empresa de Cobranças LTDA e Labor Fomento Mercantil LTDA. Então, empresário apresentou uma declaração alegando que ambas as empresas estavam sob única gestão, a dele próprio.