A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta segunda-feira (3) a Operação Sacramento para investigar dois policiais penais suspeitos de crimes graves, incluindo corrupção e tráfico ilegal de armas e munições.
O principal alvo da operação é um agente que atuava no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pontes e Lacerda, preso preventivamente sob acusação de corrupção passiva e facilitação de entrada de aparelho celular na unidade prisional.
Segundo o delegado Gabriel Chadud, responsável pela investigação, o policial penal recebia valores para intermediar a entrada de celulares para presos específicos.
“Ele teve contato com pessoas de fora, que tinham interesse na entrada de um celular para um preso específico, negociou, recebeu o dinheiro, intermediou e confirmou a entrada no aparelho,” detalhou o delegado.
Além da corrupção, o servidor é investigado por comércio irregular de arma de fogo e munições, incluindo calibres permitidos e restritos.
Um segundo policial penal, alvo de busca e apreensão em Cuiabá, é suspeito de ser um dos fornecedores de armas para o colega de Pontes e Lacerda.
O agente preso em Pontes e Lacerda já possui histórico de investigações; ele havia sido detido em março deste ano na Operação Assepsia, que apurava a venda de acesso à internet no CDP, e atualmente estava afastado do cargo e usando tornozeleira eletrônica.
O nome da operação, "Sacramento", foi escolhido devido ao fato de o policial penal investigado também exercer a função de pastor.
A Corregedoria Geral da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) acompanha a ação e instaurou um procedimento administrativo para apurar a conduta dos dois servidores envolvidos.


                
                
                
                
                
                
                
                
                
                
                
                
                
                
                
                
                
                



