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CIDADES Quinta-feira, 04 de Dezembro de 2025, 14:36 - A | A

Quinta-feira, 04 de Dezembro de 2025, 14h:36 - A | A

PROTEÇÃO À MULHER

Virginia Mendes volta a cobrar punições mais severas a agressores de mulheres após crime em Pontes e Lacerda

Caso ocorrido na madrugada desta quarta-feira reacende debate sobre endurecimento das leis e proteção efetiva para vítimas

TV ÚNICA
Da Redação

A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, manifestou profundo repúdio ao suposto caso de estupro registrado em Pontes e Lacerda na madrugada desta quarta-feira, 03/12, e voltou a defender punições mais rígidas para quem comete crimes contra mulheres.

O episódio, registrado por câmeras de segurança, mostra uma mulher de 36 anos sendo arrastada por um homem para dentro de uma construção, onde supostamente foi violentada.

Virginia Mendes lamentou a violência e destacou que casos dessa natureza não podem continuar sendo tratados como simples estatísticas.

“Esse crime brutal nos fere como sociedade. Nenhuma mulher pode ser submetida a tamanha crueldade, e nenhum agressor pode receber tratamento brando diante de um ato tão covarde. Não podemos permitir que criminosos circulem livremente enquanto mulheres vivem com medo”, afirmou.

A primeira-dama também alertou para a defasagem da legislação brasileira diante da violência de gênero e reforçou a necessidade de modernizar o arcabouço legal.

“O nosso Código Penal, criado em 1940, não acompanha mais a brutalidade dos crimes que estamos vendo. Ele ainda beneficia criminosos que sabem que logo poderão voltar às ruas, mesmo após cometer atrocidades. Essa sensação de impunidade alimenta a violência. Precisamos atualizar as leis, torná-las mais duras e justas, porque do jeito que está, quem paga o preço são as mulheres”, disse.

Virginia Mendes ressaltou ainda que a proteção das mulheres precisa ser tratada como prioridade nacional e cobrou ação imediata do Congresso e do presidente da República.

“O Brasil não pode mais fechar os olhos para a dor das mulheres. Precisamos que o Congresso Nacional e o presidente da República tenham coragem de atualizar nossas leis e colocar a vida das mulheres em primeiro lugar. Sem isso, continuaremos vendo crimes bárbaros se repetirem. As brasileiras esperam compromisso, respeito e ação. É hora de o país inteiro se posicionar”, declarou.

A vítima segue recebendo atendimento médico e psicológico. A Polícia Militar localizou dois suspeitos que estavam próximos à obra onde o crime ocorreu, e o caso segue sob investigação.

Crime 

Uma mulher de 36 anos foi localizada desacordada dentro de uma obra em construção na manhã de quarta-feira (3), em Pontes e Lacerda, a 444 km de Cuiabá. A Polícia Militar investiga a suspeita de que ela tenha sido vítima de estupro coletivo e furto durante a madrugada.

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima relatou que passou a noite bebendo no bar Alaska, acompanhada de amigos. Por volta das 4h, o grupo deixou o local, momento em que um homem desconhecido se aproximou e passou a beber com ela. Ele a convidou para sair do bar e, a partir desse momento, ela afirma não lembrar mais do que aconteceu.

Horas depois, a mulher foi encontrada por um morador da região, caída dentro de uma construção e com diversos machucados pelo corpo. Ela também afirmou ter percebido sinais de violência sexual e notou que pertences pessoais haviam sido levados.

A proprietária de uma distribuidora próxima ao local disse à PM que ouviu gritos durante a madrugada. Ao revisar imagens de segurança do estabelecimento, contou ter visto um homem arrastando uma mulher para dentro da obra. Conforme seu depoimento, o suspeito deixou o local algum tempo depois, e outros quatro homens teriam entrado na construção na sequência, saindo minutos depois.

A vítima recebeu atendimento médico e passou por exames periciais. Durante buscas pela região, policiais foram até um ponto de tráfico de drogas onde localizaram dois homens, de 30 e 31 anos, identificados como possíveis envolvidos por terem sido vistos entrando na obra na madrugada. Eles admitiram estar no local, mas negaram participação na violência, afirmando que a mulher já estava inconsciente quando chegaram.

Os dois foram conduzidos ao Batalhão da PM, e o caso segue sob investigação.

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