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ATRIZ

Claudia Raia sobre menopausa: 'É um lugar tão obscuro. Falar sobre isso me libertou demais'

A atriz estreia um espetáculo sobre o tema no dia 12 de junho em São Paulo

Revista Quem
Tv Única

Claudia Raia, de 58 anos, está falando cada vez mais sobre um dos assuntos que a vulnerabilizam e, nos últimos anos, a menopausa é uma das pautas mais recorrentes. A atriz e produtora conta que começou a sentir os sintomas aos 50. Nesse período, o corpo feminino reduz drasticamente a produção de hormônios.

Em entrevista a Quem, Claudia celebra o espetáculo Cenas da Menopausa, que estreou em Portugal com uma temporada de três meses com casa lotada. "Foi um grande sucesso. E estou muito alegre porque além de fazer uma comédia, um espetáculo divertido, estamos fazendo um serviço público", diz.

A peça estreia em São Paulo, no teatro Claro, em 12 de junho, e conta com um momento especial no fim de cada sessão. "No final me vulnerabilizo e tenho uma conversa com o público. E as pessoas não têm ideia da resposta das mulheres, elas querem falar, precisam se colocar. Se libertar desse tabu. E fazer isso através da comédia, que você toca o coração das pessoas com leveza, e ao mesmo tempo falando de um assunto importante", explica.

Há oito anos vivendo no período e repondo hormônios, com uma gravidez há dois, ela descreve como se abrir sobre o tema a tirou de uma bolha. "Falar sobre isso me libertou demais. Mas não só me libertou falando na internet com as mulheres, mas neste espetáculo, por ter a opção de ouvir as mulheres todas as noites, com histórias completamente diferentes... isso faz acontecer uma magia dentro de mim de autoconhecimento", reflete.

 

Claudia descreve que ao ouvir, e compartilhar, as experiências, mesmo com todo o acesso que tem, se entende melhor. "É um lugar tão obscuro, tão escondido, tão tabu, que as mulheres ficam muito solitárias neste processo e estou aprendendo muito com esse espetáculo", afirma.

Para além da troca de experiências, Claudia celebra a oportunidade de praticar de forma visceral a irmandade e união entre mulheres. "É fundamentalmente exercer a sororidade porque nunca soubemos fazer isso na verdade. O patriarcado não nos deixou fazer isso. Então, agora estou exercendo isso", comemora.

Além das mais diversas mulheres, de todas as idades, que passaram pela plateia do espetáculo em Portugal, com todas as suas histórias, Raia destaca o aprendizado dos homens que as acompanharam durante as sessões.

"Achei que seria uma coisa só entre mulheres, mas o que tem de homem na plateia... É um grande encontro de mulheres, mas estão vindo os homens, porque eles também querem saber o que está acontecendo. Eles não sabem nada, não tem informação, ninguém fala sobre isso. Os jovens estão vindo para saber o que vai acontecer com elas, o que acontece com as mães deles. É muito sério esse assunto", aponta.

Raia avalia que não é, em muitas vezes, por falta de sensibilidade das pessoas mais próximas. "Eles não têm informação. Não sabem. Falam: 'Ah, minha mãe está muito louca hoje!' E não estende a mão ou oferece ajuda. E acham que ela está doida, com Alzheimer ou (outra) demência, mas é menopausa. Temos que falar sobre isso com outras mulheres para que uma possa ajudar a outra", conclui.

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