A busca por uma solução para o superendividamento de mais de 62 mil servidores públicos em Mato Grosso enfrenta um obstáculo significativo: a proibição do Banco Central em permitir a migração direta de dívidas do cartão consignado para o empréstimo consignado tradicional.
Essa restrição foi um dos pontos cruciais debatidos em uma recente reunião na última quinta-feira (17) entre o deputado estadual Wilson Santos (PSD), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Valter Albano, e representantes do Banco do Brasil.
O cartão consignado, com suas altas taxas de juros e pouca transparência, tem sido apontado como o principal vilão do problema. Márcio Corrêa, gerente-geral do Banco do Brasil em Mato Grosso, explicou a dificuldade.
"O Banco Central ainda não permite, por exemplo, a conversão direta do cartão consignado em consignado tradicional, que teria condições mais acessíveis de parcelamento, como até 120 vezes", detalhou.